Você já deixou para fazer uma tarefa importante na última hora? Você já se distraiu com redes sociais, jogos ou séries quando deveria estar estudando ou trabalhando? Você já sentiu ansiedade, culpa ou frustração por não cumprir seus prazos ou metas? Se você respondeu sim a alguma dessas perguntas, você provavelmente já sofreu com a procrastinação.

A procrastinação é o ato de adiar ou evitar tarefas que precisam ser feitas, substituindo-as por outras mais agradáveis, fáceis ou irrelevantes. É um comportamento que pode afetar qualquer pessoa, em qualquer área da vida, e que pode trazer consequências negativas para a produtividade, o desempenho, a saúde e o bem-estar.

Neste artigo, vamos entender melhor o que é a procrastinação, quais são as suas causas e efeitos, e como podemos superá-la para melhorar nossa qualidade de vida.

O que é procrastinação?

A palavra procrastinação vem do latim procrastinare, que significa “adiar para amanhã”. Segundo os psicólogos, a procrastinação é um problema de autorregulação, ou seja, de controle dos próprios impulsos, emoções e comportamentos.

A procrastinação é diferente da preguiça, que é a falta de vontade ou disposição para fazer algo. A procrastinação envolve um conflito entre o que queremos fazer e o que devemos fazer, e uma dificuldade em priorizar e planejar nossas ações.

Todos nós procrastinamos de vez em quando, especialmente quando temos que fazer algo que não gostamos, que nos desafia ou que nos assusta. Isso é normal e compreensível, pois nosso cérebro tende a buscar o prazer e evitar a dor. No entanto, quando a procrastinação se torna um hábito, ela pode prejudicar nossa capacidade de alcançar nossos objetivos e realizar nossos sonhos.

Quais são as causas da procrastinação?

A procrastinação pode ter várias causas, que podem variar de pessoa para pessoa e de situação para situação. Algumas das causas mais comuns são:

• Falta de motivação: quando não temos interesse, paixão ou propósito em relação à tarefa que precisamos fazer, é mais difícil nos engajarmos e nos dedicarmos a ela. A falta de motivação pode estar relacionada a fatores internos, como valores, crenças e preferências, ou a fatores externos, como recompensas, reconhecimento e feedback.
• Perfeccionismo: quando temos padrões muito altos ou irreais sobre o que esperamos de nós mesmos e dos outros, podemos nos sentir inseguros, ansiosos ou frustrados ao enfrentar uma tarefa. O perfeccionismo pode nos levar a adiar o início ou o término de uma tarefa, por medo de não atingir a excelência ou de sermos julgados negativamente.
• Medo do fracasso: quando temos uma autoestima baixa ou uma visão pessimista sobre nossas capacidades, podemos temer não ser capazes de realizar uma tarefa com sucesso, ou de lidar com as possíveis consequências de um erro ou de uma crítica. O medo do fracasso pode nos levar a evitar situações que nos desafiam ou que envolvem riscos, e a nos proteger com desculpas ou justificativas.
• Falta de organização: quando não temos uma rotina, um planejamento ou um método de trabalho eficiente, podemos nos sentir perdidos, confusos ou sobrecarregados com a quantidade ou a complexidade das tarefas que temos que fazer. A falta de organização pode nos levar a perder tempo, a esquecer prazos ou a priorizar o que é menos importante ou urgente.
• Distrações: quando estamos expostos a estímulos que nos atraem ou nos divertem, como redes sociais, jogos, séries, música ou conversas, podemos nos desviar do foco e perder a concentração na tarefa que estamos fazendo. As distrações podem nos levar a interromper ou a reduzir a qualidade do nosso trabalho, e a gastar mais tempo e energia do que o necessário.

Quais são os efeitos da procrastinação?

A procrastinação pode ter efeitos negativos em diversas áreas da nossa vida, como:

• Produtividade e desempenho: quando procrastinamos, deixamos de fazer o que é importante ou urgente, e acabamos fazendo as coisas de forma apressada, incompleta ou inadequada. Isso pode comprometer a qualidade do nosso trabalho, dos nossos estudos ou dos nossos projetos, e nos impedir de alcançar nossas metas e de crescer profissionalmente ou pessoalmente.
• Saúde física e mental: quando procrastinamos, geramos um estado de estresse, ansiedade, culpa ou frustração, que pode afetar negativamente o nosso bem-estar. O estresse crônico pode causar problemas como insônia, dores de cabeça, gastrite, hipertensão, depressão, entre outros. Além disso, a procrastinação pode nos levar a negligenciar hábitos saudáveis, como alimentação, exercício, sono e lazer, que são essenciais para a nossa saúde.
• Relacionamentos: quando procrastinamos, podemos prejudicar nossos relacionamentos interpessoais, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional. Podemos causar decepção, irritação ou desconfiança nas pessoas que dependem de nós ou que esperam algo de nós, como familiares, amigos, colegas ou chefes. Podemos também perder oportunidades de conhecer novas pessoas, de participar de atividades sociais ou de fortalecer nossos vínculos afetivos.

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Como combater a procrastinação?

A boa notícia é que a procrastinação pode ser combatida com algumas estratégias simples e eficazes, que podem nos ajudar a vencer a resistência interna e a realizar as tarefas que precisamos ou queremos fazer. Algumas dessas estratégias são:

• Encontre sua motivação: procure identificar o que te motiva a fazer uma tarefa, seja por interesse, por prazer, por necessidade ou por recompensa. Lembre-se dos benefícios que você terá ao concluir a tarefa, e dos prejuízos que você terá ao adiá-la. Crie um propósito para a sua ação, e se conecte com os seus valores e objetivos.
• Supere o perfeccionismo: reconheça que ninguém é perfeito, e que o importante é fazer o melhor que você pode, com os recursos que você tem. Aceite que o erro faz parte do processo de aprendizagem, e que você pode aprender com ele e melhorar. Não se compare com os outros, e sim com você mesmo. Busque o progresso, e não a perfeição.
• Enfrente o medo do fracasso: acredite em si mesmo, e em suas capacidades e potencialidades. Desafie as crenças negativas que você tem sobre si mesmo, e substitua-as por pensamentos positivos e realistas. Encare as situações difíceis como oportunidades de crescimento, e não como ameaças. Celebre as suas conquistas, e reconheça os seus esforços.
• Organize-se: estabeleça uma rotina, um planejamento e um método de trabalho que sejam adequados à sua realidade e às suas necessidades. Defina as suas prioridades, e faça uma lista das tarefas que você tem que fazer, ordenando-as por ordem de importância e urgência. Estipule prazos e metas claras e realistas, e acompanhe o seu progresso. Reserve um tempo para o descanso e o lazer, e recompense-se pelo seu trabalho.
• Elimine as distrações: crie um ambiente propício para o trabalho, que seja confortável, iluminado, ventilado e silencioso. Evite o uso de aparelhos eletrônicos, como celular, computador ou televisão, que não sejam necessários para a sua tarefa. Se for preciso, desligue-os, ou coloque-os no modo silencioso ou avião. Avise as pessoas que convivem com você